terça-feira, 31 de março de 2009

3.5 na escala do tio richter...

...parece ter sido a medição do terramoto que acelerou os nossos batimentos cardíacos ontem à noite. não tinha sido o primeiro, mas este assustou mais que outro. isto alguns minutos depois da ž ter ficado amuada, chateada e a trepar paredes por ter perdido miraculosamente um artigo que tinha acabado de escrever. em tom de protesto contra o msoffice está agora a fazer o download do openoffice.

segunda-feira, 30 de março de 2009

help SO36!!!!


SO36 Bleibt


o SO36 não pode desaparecer!!! tenho que o mostrar à boneca paula quando voltar a berlim! e temos muitos encontros e danças pela nossa frente nesse sítio tão fantástico...

sexta-feira, 27 de março de 2009

zelen



como o frio está a gostar tanto de sarajevo como nós as duas, decidi comprar muitas lãs verdes e estou a fazer um cachecol para a ž. acho que também vou fazer um para mim.
entretanto descobrimos que temos uma máquina de costura cá em casa. é da j. eu não sei coser, mas a ž disse-me que em berlim tinha uma, embora não tenha feito muitas coisas com ela. bem que me podia fazer outro vestidito ou umas calças... não que não goste do que a tia paula me fez, mas seria bom variar um bocadinho.

por falar nisso, ó tia paula, quando é que nos presenteias com o teu blog/lojinha?






ora aqui está um belo fim de dia!

fomos espreitar o narodno pozorište sarajevo (teatro nacional) para ouvir a sarajevska filharmonija.

(abre parênteses
vi pela primeira vez, num concerto de música clássica, um soldado vestido dele mesmo, penso que seria um membro da eufor francesa. pelo menos a bandeira cosida numa das mangas identificava-o como croissant e como já é habitual ver membros da eufor a passear de um lado pró outro, presumi que fosse um deles. no meio daquela gente toda aqueles borrões de verde e castanho da farda chamavam a atenção.
lembrei-me então da cabo ortiz torres que conheci no aeroporto de viena, enquanto esperava pelo embarque no avião à là indiana jones que desempenhou a belíssima tarefa de aterrar em butmir (nos meses de inverno é uma constante que os voos tenham que voltar para trás por causa do nevoeiro cerrado). como me pediu num inglês, que num ápice revelou a sua "espanholidade", para botar um olho ao saco verde-tropa que trazia enquanto ia ao wc, pude ver o nome dela e, quando ela regressou, curiosa... uma conversa entabulei (como se diz numa canção que eu cá sei!). estava num estado de excitação e cansaço tal, precisava de tagarelar um bocadito com alguém... expliquei porque é que o meu sotaque se aproxima ao madrileño, ela disse-me que venia de un pueblo cerquita de madrid e passados cinco minutos entramos num desses silêncios no-sé-de-qué-hablar.
entretanto um funcionário da austrian airlines tentava explicar aos 14 passageiros do voo 759 com destino a sarajevo, que tínhamos duas opções: entrar no avião, que iria tentar aterrar apesar da coisa estar cor-de-nevoeiro-mais-que-cerrado, ou simplesmente não nos darmos a tal maçada e ficar a dormitar confortavelmente num hotel pago por eles e voar no dia seguinte (sem garantias de que o dia seguinte permitisse uma melhor visibilidade).
a cabo ruiz no se enteró de un carajo, pelo que começamos a falar de novo, para eu poder estrear as minhas novas funções de tradutora oficial da eufor. bueno, menos mal que estás aquí, si no, no sé como lo haría!!
fecha parênteses)

depois do concerto: casa cor-de-rosa com a transmissão do campeonato do mundo de patinagem artística (a paula adora isto) intercalado com corta cebolas, batatas e couves... e sai um belo dum caldo verde sarajevense, que apesar de não ter sido feito com o chouriço e a couve que lhe pertence, ficou muuuuito bom (é por estas e por outras que gosto cada vez mais desta terra). a paula também achou que o caldo verde foi uma óptima ideia pós-filarmónica. aliás, repetiu e até lambeu as costuras dos beiços!!

terça-feira, 24 de março de 2009

polako, polako...

...que é como quem diz, devagar, devagar.... despacito, depacico... langsam, langsam.
a modo de: vê lá se tens calma... devagar se vai ao longe... é preciso ter calma... vê lá se achantras, etc

a propósito de devagar, ando a ler um "fecha a porta devagar", livro recomendado pela ž (que ainda não o leu!!). estou a gostar e às vezes sinto-me como a G....

superstição amarela

eu e a ž continuamos a pescar adeptos para o movimento "há imensos carros amarelos em sarajevo"...
ninguém parece reparar neles... sempre que comentamos com alguém a existência fora do normal de tanto carro cor de pintainho, se estamos na rua, invariavelmente as pessoas esquadrinham a área e claro, nesse momento só se vêem cores "normais". estando ou não na rua, invariavelmente, segue-se um esticão do sobrolho em tom de não-deves-ser-muito-normal!
invariavelmente... nos próximos encontros surge um comentário tipo "depois que me falaste dos carros amarelos, não paro de os ver!!"

há dias a ž teve uma ideia: criar uma superstição sarajevense em torno dos carros amarelos. tão simples como
no dia* em que não virmos um carro amarelo, algo vai acontecer!!!

excluímos desde já desta superstição o resto da humanidade, para que não pensem que andamos por aí a semear fados, maldições e a condicionar o futuro dos mesmos.

por agora, uma coisa é certa: invariavelmente um sorrisão aumenta as nossas bochechitas sempre que passa diante do nosso nariz um dos tais amarelitos.

*vamos ser razoáveis: se algum dia não pusermos o pé na rua, a superstição é totalmente inválida. esta e outras excepções que poderão surgir adiante ficarão sujeitas ao regulameto interno dos nossos cérebros.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Žut

Serei só eu e a Ž a reparar no montão de carros amarelos que povoam as ruas de Sarajevo... ou será apenas que concordamos as duas que o mundo deveria ter mais carros amarelos e, por isso, estamos mais sensíveis à sua presença?...

domingo, 1 de março de 2009

natural, sem gás...

acabadinha de chegar a casa do concerto dos SINGAS (ouvir aqui, que vale a pena)

Why Singas?
“This nice word sin gas I heard in Spain, when I asked for water for my coffee, and the waiter asked: Aqua mineral con gas o sin gas?” Sin gas means unfizzy, and this symbolizes our conception of music.”
You can hear effects and elements of break’n bossa, acid jazz, swing, trip-hop and folk from us, packed into an unfizzy conception. We are impressed by jazz, electronic, contemporary and world music, literature, and movie-art. Our aim is to mix the traditions, experiment with music, and make connections with the contemporary arts. We usually use projections, films in our concerts. It often happens that music and the vision are equal, so they can create a new meaning.”