sexta-feira, 27 de março de 2009

ora aqui está um belo fim de dia!

fomos espreitar o narodno pozorište sarajevo (teatro nacional) para ouvir a sarajevska filharmonija.

(abre parênteses
vi pela primeira vez, num concerto de música clássica, um soldado vestido dele mesmo, penso que seria um membro da eufor francesa. pelo menos a bandeira cosida numa das mangas identificava-o como croissant e como já é habitual ver membros da eufor a passear de um lado pró outro, presumi que fosse um deles. no meio daquela gente toda aqueles borrões de verde e castanho da farda chamavam a atenção.
lembrei-me então da cabo ortiz torres que conheci no aeroporto de viena, enquanto esperava pelo embarque no avião à là indiana jones que desempenhou a belíssima tarefa de aterrar em butmir (nos meses de inverno é uma constante que os voos tenham que voltar para trás por causa do nevoeiro cerrado). como me pediu num inglês, que num ápice revelou a sua "espanholidade", para botar um olho ao saco verde-tropa que trazia enquanto ia ao wc, pude ver o nome dela e, quando ela regressou, curiosa... uma conversa entabulei (como se diz numa canção que eu cá sei!). estava num estado de excitação e cansaço tal, precisava de tagarelar um bocadito com alguém... expliquei porque é que o meu sotaque se aproxima ao madrileño, ela disse-me que venia de un pueblo cerquita de madrid e passados cinco minutos entramos num desses silêncios no-sé-de-qué-hablar.
entretanto um funcionário da austrian airlines tentava explicar aos 14 passageiros do voo 759 com destino a sarajevo, que tínhamos duas opções: entrar no avião, que iria tentar aterrar apesar da coisa estar cor-de-nevoeiro-mais-que-cerrado, ou simplesmente não nos darmos a tal maçada e ficar a dormitar confortavelmente num hotel pago por eles e voar no dia seguinte (sem garantias de que o dia seguinte permitisse uma melhor visibilidade).
a cabo ruiz no se enteró de un carajo, pelo que começamos a falar de novo, para eu poder estrear as minhas novas funções de tradutora oficial da eufor. bueno, menos mal que estás aquí, si no, no sé como lo haría!!
fecha parênteses)

depois do concerto: casa cor-de-rosa com a transmissão do campeonato do mundo de patinagem artística (a paula adora isto) intercalado com corta cebolas, batatas e couves... e sai um belo dum caldo verde sarajevense, que apesar de não ter sido feito com o chouriço e a couve que lhe pertence, ficou muuuuito bom (é por estas e por outras que gosto cada vez mais desta terra). a paula também achou que o caldo verde foi uma óptima ideia pós-filarmónica. aliás, repetiu e até lambeu as costuras dos beiços!!

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