o cadeirão vermelho a abanar todinho com os risos dela, depois a primeira fila, e no final até o papel de parede cor-de-vinho com motivos brancos era sacudido por essas risadas... talvez uma das poucas memórias colectivas do Outeiro... isto era nas festas de natal/ano novo alternadamente.
mas esta não é A fotografia que tenho dela... nessa fotografia estou eu e a minha irmã, ainda pequenitas, ainda de pijama, sentadas nos degraus da escada de madeira, ainda sem corrimão, aquelas que hoje ainda dão a subida para a sala, para o público e depois o palco... nessa fotografia estão as migalhas nos nossos pijamas junto com o olhar embevecido dela, ao nosso lado, ao lado das escadas, depois de se ter assegurado que ambas tínhamos lengalengueado certinho a oração do anjo da guarda... anjo da guarda, minha companhia, guardai a minha alma, de noite e de dia.
e foi há 16 anos que esta memória se tornou fotografia na minha cabeça...
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